Olhar de cima e muito além do que vemos com nossos olhos - João Sobreiro
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Onde estamos? Qual o tamanho desta cidade? Até onde vai esta lavoura? Enxergar além do horizonte sempre foi um desafio que vem mobilizando esforços pelos últimos 200 anos. Pombos equipados com câmeras precárias, aviões transportando sensores fotográficos, constelações de satélites capazes de “fotografar” toda a superfície terrestre. Todas estas tecnologias fazem parte da história do sensoriamento remoto, a ciência por trás das informações geográficas que hoje acessamos com facilidade em nossos dispositivos móveis.

História do sensoriamento remoto: 200 anos em busca das melhores informações geográficas

A última grande revolução nos métodos de aquisição de informações geográficas deu-se com a popularização dos VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) ou drones. Bom, barato e eficiente, o mapeamento com VANT vai além da geração de um mapa bonito com alta resolução. É possível extrair qualquer tipo de métrica de relevo, dimensionar construções, quantificar e qualificar atributos vegetais das lavouras, tudo isso com rapidez e confiança.

O desenvolvimento de sensores de bandas espectrais específicas, multiespectrais, sensores termais e sensores ativos (ex. radar, laser), potencializou a nossa visão além do visível, abrindo o leque de aplicações na agropecuária, geologia, engenharia, cartografia, meio ambiente, segurança etc. A possibilidade de “enxergar” prematuramente doenças, ataques de pragas, problemas nutricionais, encharcamentos ou ressecamento dos solos (ex. monitoramento de sistema de irrigação), dentre outras, agiliza o processo de correção do problema e minimiza perdas de recursos alocados e perdas na produção.

A possibilidade de dimensionar a infestação de daninhas em uma lavoura, classificá-las para melhor escolher o tipo de controle e finalmente agir localizadamente, é o sonho de qualquer agricultor. Este sonho tem se tornado realidade para alguns e está próximo de se tornar, para muitos. Os custos têm caído e os algoritmos aperfeiçoados gerando informações mais confiáveis, para diversas culturas, aliados a maior disponibilidade de equipamentos para aplicação dos agroquímicos, incluindo os drones.

O outro lado desta moeda, o conjunto das informações georreferenciadas, está no avanço dos SIGs (Sistemas de Informações Geográficas), que são as plataformas utilizadas para PRODUZIR, ARMAZENAR E APRESENTAR essas informações. Cada vez mais amigáveis e compatíveis com outras plataformas e sistemas de gestão convencionais, como os Gerenciadores de Banco de Dados e Planilhas Eletrônicas, os SIGs otimizam a integração de geoinformações aos sistemas de B.I. (Business Intelligence), por exemplo. Além disso, os SIGs possibilitam a geração e a visualização cartográfica de informações cadastrais variadas, como produtividade, custos e rentabilidade.

Mas será preciso tantas informações assim? Cada caso é um caso, mas uma coisa é certa, informações de qualidade são essenciais para a tomada de decisão. Nossa missão é auxiliar você e sua equipe na tomada de decisões e possibilitar a maximização de sua produtividade, diminuição dos custos e o gerenciamento mais eficiente de suas operações.

Por João Sobreiro e José Carlos A. Pinto

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